Uma breve história do marketing até os dias de hoje

Uma breve história do marketing até os dias de hoje

Uma breve história do marketing até os dias de hoje

Para compreender a história do marketing, é preciso revisitar um passado mais longínquo que perpassa toda a história de desenvolvimento da própria civilização.

É difícil determinar, com exatidão, onde tudo começa na história do marketing.

Porém, acredita-se que ela tenha começado a ser escrita desde as primeiras relações comerciais, quando o homem utilizava a persuasão, direta ou indiretamente, para a troca e comercialização de produtos.

Os primeiros registros encontrados com as bases do conceito de marketing datam por volta de 1940. 

Philip Kotler define marketing como a ciência e a arte de explorar, criar e proporcionar valor para satisfazer as necessidades de um público-alvo com rentabilidade.

A American Marketing Association (AMA) define marketing como a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral.

Em outras palavras, ambas as conceituações compreendem o marketing como uma atividade complexa com vários aspectos e etapas pertencentes à cadeia comercial.

Ou seja, o marketing não se restringe somente à venda do produto ou serviço em si.

Vale ressaltar que, para chegar até a concepção que conhecemos hoje, o marketing sofreu inúmeras transformações e adaptações.

Quer descobrir como a história do marketing se desenvolveu ao longo dos tempos? Convido você a continuar a leitura deste artigo que vamos te mostrar.

Quando e em quais circunstâncias o marketing surgiu?

Você já ouviu falar da prensa tipográfica de Gutenberg?

Sabe qual é a relação dela com a história do marketing?

A invenção da prensa tipográfica de Gutenberg, em 1440, revolucionou a comunicação humana e o acesso à informação.

Sabe por quê?

Antes da prensa, o acesso à informação e ao conhecimento era obtido exclusivamente através dos livros.

O processo de produção e desenvolvimento das obras e materiais escritos era bastante lento e estritamente manual.

Dessa forma, a circulação das informações se dava de maneira lenta e muito limitada.

A partir da prensa tipográfica, essa realidade mudou completamente, já que os textos começaram a ser produzidos em larga escala e passaram a alcançar muito mais pessoas.

Essa invenção alemã fomentou o surgimento dos primeiros anúncios impressos, forma mais aprimorada de marketing naquela época.

Esse marketing off-line é o que conhecemos hoje por Outbound Marketing.

Em outras palavras, essa estratégia tentava comercializar um produto sem antes criar qualquer tipo de conexão com o consumidor.

Realidade completamente oposta ao Inbound Marketing que busca criar um relacionamento na tentativa de educar, apresentar soluções e gerar valor para os clientes, preparando-o para o exato momento de compra.

Mesmo com a revolucionária prensa, foi apenas no século XVII que jornais e revistas tornaram-se veículos de comunicação em massa e os principais instrumentos de publicação de anúncios pelas empresas. 

Essas são mais algumas formas de publicidade off-line que funcionavam e ainda estão presentes até os dias de hoje nas estratégias de Outbound Marketing de muitas empresas.

Os panfletos garantiram mais facilidade de reprodução e divulgação das informações, porém era preciso dinamizar a distribuição que era feita individualmente.

Dessa forma, surge uma nova ferramenta de marketing mais eficiente para a realidade compartilhada naquela época: o pôster.

Esse cartaz impresso reunia toda a mensagem do anúncio em uma única solução afixada em via pública.

Em outras palavras, com a alta circulação de pessoas nas ruas, era possível aumentar a capacidade de comunicação da empresa e diminuir o esforço de veiculação como acontecia anteriormente.

Com a grande adesão de empresas e marketeiros da época a essa forma de marketing, o cenário tornou-se propício para o surgimento de uma nova ferramenta de divulgação similar, porém de maior impacto: o outdoor.

Nos outdoors, as empresas conseguiam ter um alcance maior e melhor em relação ao pôster, afinal, os anúncios podiam ser vistos de longe e por mais clientes, além de apresentar maior durabilidade e melhor custo-benefício. 

É consenso entre a academia que a Revolução Industrial teve fundamental contribuição para transformar a forma de exercer o marketing.

Kotler nomeou essa etapa da história do marketing como “era de produção”.

Em outras palavras, esse período foi marcado por pouca concorrência, mercadorias vendidas a baixo custo e em larga escala, tendo o consumidor um papel totalmente receptivo nas propagandas comerciais.

Ou seja, não existe aqui qualquer preocupação com a qualidade do produto, muito menos com as possíveis exigências dos clientes.

Como a história do marketing evoluiu no século XX?

A história do marketing é marcada por constantes evoluções e transformações.

Com o início do século XX, surgiram três grandes ferramentas que continuariam a revolucionar a comunicação humana e a maneira de fazer negócios: o telefone, o rádio e a televisão, respectivamente.

Apesar de ter sido inventado em 1876, o telefone só ganhou espaço nos lares americanos em 1946, sendo usado como principal ferramenta de comunicação para ações de telemarketing das empresas.

O surgimento do rádio aconteceu, inicialmente, para atender propósitos militares a fim de servir às necessidades de comunicação da Primeira Guerra Mundial.

Entretanto, em 1920, ele passou a ser utilizado para transmissões abertas, entretenimento e notícias, estando presente em boa parte dos lares americanos.

As empresas enxergaram mais uma excelente oportunidade para anunciar seus produtos e serviços nesse novo meio de comunicação e passaram a desenvolver anúncios verbais para eles.

Em 1941, foi feito o primeiro anúncio na televisão.

Apesar de chegar a milhares de lares pela telinha, o custo para manter essa estratégia de comunicação é bastante elevado e torna essa modalidade de marketing não muito acessível.

Dessa forma, a história do marketing continuou encontrando novos caminhos e novas alternativas para garantir mais equidade de oportunidades entre as empresas e, consequentemente, gerar novos negócios .

Depois da Segunda Guerra Mundial, houve um aumento significativo na concorrência entre as empresas.

Assim, os produtos que antes eram produzidos e vendidos em larga escala, agora eram estocados.

Portanto, acontece uma mudança no direcionamento de marketing das empresas que deixa de focar apenas no produto e passa a valorizar o processo de vendas.

Os anos 80 foram marcados por uma disputa acirrada entre as empresas pela atenção do consumidor.

Dessa forma, os clientes passam a desempenhar um papel mais ativo e de influência sobre os produtos e sobre a criação das campanhas comerciais das empresas.

Ou seja, aqui temos uma verdadeira mudança de chave em que as necessidades dos consumidores passam a ter valor.

Esse momento é chamado, por Kotler, de Marketing 2.0.

O marketing na Era Digital: velocidade e transformações

Ao longo da jornada da história do marketing, a velocidade e o tempo para a disseminação e incorporação dos novos meios de comunicação e marketing vem diminuindo.

Isso foi potencializado, principalmente, com o surgimento do computador, da internet e do marketing digital.

Em 1990 a internet ganhou bastante força e expressividade, afinal ela deixou de ser usada apenas para fins militares e industriais como foi pensada inicialmente.

Nesse período, a internet passou a ser utilizada por pessoas comuns para realizar atividades corriqueiras, como enviar e receber e-mails, por exemplo.

A primeira mensagem automatizada enviada em larga escala aconteceu em 1994, caracterizando o primeiro spam de e-mail marketing.

Desde então, essa estratégia vem sendo bastante utilizada por várias empresas para anunciar seus produtos e serviços.

Com o surgimento da internet e a popularização do acesso à informação, a comunicação entre pessoas e empresas tornou-se mais dinâmica, célere e personalizada.

Nesse momento da história do marketing, existe uma preocupação com a geração de valor.

Ou seja, os consumidores estavam atentos às necessidades de cuidar do planeta e do meio ambiente, por exemplo.

Além disso, as empresas entenderam a necessidade de produzir conteúdos relevantes para esse novo consumidor e assumir um posicionamento mais sustentável diante do mercado.

Esse novo comportamento na jornada de compra do consumidor vai contribuir para o surgimento de novas estratégias de Marketing Digital, como o Marketing de Conteúdo e SEO.

Kotler vai caracterizar esse período como Marketing 3.0.

Com a virada do século, as transformações na relação do cliente com o produto e a com a empresa continuam.

O cliente deixa de comprar por necessidade e, até mesmo, pelo valor, mas atribui importante expectativa ao cumprimento da utilidade do produto ou serviço adquirido.

Em outras palavras, o foco maior passa a ser o ser humano e a construção de proximidade e fidelidade entre cliente e empresa.

Nessa etapa da história do marketing, surge uma grande preocupação com a satisfação do cliente e com toda a sua jornada de compra, a fim de torná-lo um verdadeiro embaixador da marca.

Philip Kotler chama essa etapa do marketing de Marketing 4.0.

A presença digital das empresas, principalmente, nas redes sociais, potencializa o alcance de novos clientes e maior faturamento, além de ser um ambiente muito propício para o consumidor conhecer e se relacionar com as empresas.

Nessa nova era superconectada, o Marketing Digital oferece estratégias e ferramentas para atender aos desejos dos clientes, cada vez mais exigentes, e ofertá-los as melhores soluções, criando experiências memoráveis com a empresa.

Portanto, podemos concluir que a história do marketing continua sendo escrita e transformada até os dias de hoje a fim de desenvolver a prosperidade das empresas e entregar um produto relevante para o cliente.